Elaboração de uma AET – Análise Ergonômica do Trabalho

 


Elaborar uma AET – Análise Ergonômica do Trabalho é muito fácil, basta pedir em grupos de discussão um modelo e adaptar à realidade da empresa.

Quando nos deparamos com condições semelhantes ao que foi apresentado, vemos o quanto está distorcida a elaboração da AET por muitos profissionais que se dizem Ergonomistas ou que se consideram especialistas devido a curso que o Capacitou.

Elaborar uma AET demanda de especialização obtida em uma Pós-Graduação, vivência, experiência e constante atualização, onde diversas nuances que este profissional identificará com sua expertise, enriquecendo o trabalho de Coleta de dados, Análise e consequentemente as ações para adequações.

Mas não seria um “Laudo Ergonômico”?

Não, a NR 17 em seu contexto não descreve a elaboração de uma Laudo, mas sim de uma Análise Ergonômica do Trabalho.

17.1.2 Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a Análise Ergonômica do Trabalho, devendo a mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho, conforme estabelecido nesta Norma Regulamentadora.

A Ergonomia procura modificar o processo de trabalho para adequar a atividade às características, habilidades e limitações das pessoas, com vistas ao seu desempenho eficiente, confortável e seguro, reduzir Doenças ocupacionais, cansaço do trabalhador, possibilidade de erros, acidentes de trabalho, ausências no trabalho, custos operacionais e aumentar o conforto do trabalhador, a produtividade e a receita da empresa.

A Análise Ergonômica deve ser elaborada inicialmente por meio de uma Demanda (Absenteísmo, Afastamentos, Perdas na Produção, etc.) que a empresa apresenta, onde em alguns casos ocorre que a empresa as vezes não informa haver uma Demanda.

Ao se iniciar a Análise, o Ergonomista acaba identificando correlações com a Demanda apresentada e outras situações as quais a empresa não tinha visibilidade quanto a possibilidade de afastamentos, perdas entre outras situações.

A Análise Ergonômica envolve uma participação Multidisciplinar envolvendo o Ergonomista, Fisioterapeuta, Médico do Trabalho e Psicólogo, face as exigências descritas na NR 17.

A maioria das situações de trabalho coloca problemas ergonômicos facilmente detectados pelo Auditor-Fiscal do trabalho que não demandam a opinião de Ergonomistas, o que abre precedentes para inicialmente a empresa ser Notificada para que elabore a AET e Multa caso não atenda a Notificação ou a AET não corresponda com as exigências previstas pela NR 17.


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