COMO ESTÁ O DESEMPENHO EM SST?

 


A sua organização faz a avaliação de desempenho de SST?

Como Avaliar esse desempenho?

Quais são os critérios a serem adotados para esta avaliação?

Mais por quê tenho de realizar esta avaliação?

Conforme o subitem 1.5.3.4 da NR 1, a organização deve adotar as medidas necessárias para melhorar o desempenho em SST e se observarmos a NR 28 temos:



Ou seja, este subitem possui a Ementa 101066-2, com a classificação de Risco 3 e é pertencente ao requisito de Segurança (S), o qual possui multa prevista.

Então perguntamos, a sua organização possui uma avaliação de desempenho?

Se sim, como está classificado esse desempenho? Caso não possua, por que não foi realizada?

Quando abordamos critérios avaliativos, existem no mercado vários critérios de análise, mas para a Segurança e Saúde Ocupacional, por onde começar e o que devemos avaliar para considerar em uma escala o parâmetro aceitável ou não.

Parece complexo? Mas podemos criar, utilizar ou adaptar sistemas avaliativos, observando principalmente parâmetros aplicáveis e coerentes.


CONSTRUINDO UMA ESTRUTURA DE CONTROLE

 Vejamos alguns índices mínimos a serem utilizados:

 ÍNDICES PROATIVOS

 1.     Notificações do MTE sobre atendimento as NR´s aplicáveis.

2.      Auto de Infração do MTE sobre atendimento as NR´s aplicáveis.


ÍNDICES REATIVOS

 1.     Quantidade de Afastamentos Ocupacionais (B31 e B91).

2.     Quantidade de Exames alterados em periódicos.

3.     Quantidade de trabalhadores em Readaptação Funcional (INSS).

4.     Quantidade de Acidentes ocorridos.

5.     Quantidade de Incidentes ocorridos.

6.     Quantidade de Desvios identificados nas áreas de trabalho resolvidos.

7.     Quantidade de Desvios identificados nas áreas de trabalho em andamento.

8.     Quantidade de Desvios identificados nas áreas de trabalho em aberto.


Outros índices proativos e reativos que podem ser acrescidos de acordo com a organização e os profissionais de Segurança e Saúde Ocupacional.


CONSTRUINDO UMA FORMA DE ANÁLISE COMPARATIVA

Podem ser utilizados também como parâmetros comparativos:

A.    Resultado mensal de cada índice já descrito acima.

B.     Resultado com base em dados obtidos pelo MTE quanto a notificações e infrações aplicadas para organizações com mesmo CNAE e unidade federativa.

C.     Índice FAP (Bi Anual).

D.    Contribuição do GIIL-RAT (Bi anual).

E.     Anuário Estatístico da Previdência Social.

F.     Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho.

G.    IQCT - Índice de Qualidade das Condições de Trabalho.


CONSTRUINDO UMA FORMA DE APRESENTAÇÃO GRÁFICA

Quando necessitamos transportar os dados de forma gráfica onde a escolha do gráfico deve ser bem criteriosa ante as informações que devem estar apresentadas, demonstrando claramente a evolução ou não de um índice, bem como também projeções que demonstrem ao longo de meses o panorama destes índices.

Dentre alguns modelos de gráficos temos:

¤  Polígono de Frequências

¤  Polígono de Frequências Acumuladas

¤  Gráfico de Segmento ou Gráfico de Barras

¤  Gráfico de Barras Horizontal ou Vertical

¤  Gráfico de Setor / Pizza

¤  Gráfico de Hastes

¤  Diagramas de Dispersão

¤  Gráfico de Curvas

¤  Diagrama de Pareto

¤  Gráfico de Porcentagem Waffle

A definição do gráfico deve ser compatível como o formato de amostragem que deverá ser demonstrada, de modo que, por exemplo tentar demonstrar uma grande quantidade de informações em um Gráfico de Setor / Pizza, onde certamente estas informações não estarão bem visíveis.

Por exemplo, o Gráfico de Segmento ou Gráfico de Linhas são adequados para apresentar observações medidas ao longo do tempo, enfatizando sua tendência ou periodicidade.

O Gráfico de Barras Horizontal ou Vertical é interessante para as Variáveis Qualitativas Ordinais ou Quantitativas Discretas, pois permite investigar a presença de tendência nos dados.

WALLGREN (1996) sintetiza esta fase preparatória em oito perguntas que não podem ser respondidas separadamente: 

1.      Um gráfico é realmente a melhor opção?

2.      Qual é o público-alvo?

3.      Qual é o objetivo do gráfico?

4.      Que tipo de gráfico se deve usar?

5.      Como deve ser apresentado o gráfico?

6.      Qual deve ser o tamanho do gráfico?

7.      Deverá ser usado apenas um gráfico?

8.      A que meios técnicos se devem recorrer?

 

Após ter sido selecionado o modelo de gráfico mais adequado ao contexto respectivo, inicia-se a construção do gráfico propriamente dita.

 

Quando finalmente se pensa ter obtido o gráfico pretendido, torna-se fundamental proceder a uma análise crítica, no sentido de compreender se esta é a forma mais eficaz de transmitir a mensagem inicial.

 

Um gráfico mal compreendido pode provocar uma interpretação errada.

 

Por outro lado, um gráfico visualmente desagradável pode afastar o leitor, em vez de o informar:

 

Um mau gráfico é pior do que nenhum gráfico” (WALLGREN, 1996, p. 89).

 

Saber exatamente aquilo que se pretende avaliar é o mesmo que definir corretamente o problema.

Por conseguinte, a adoção do gráfico apenas se pode consumar após serem formuladas, e convenientemente respondidas, as seguintes perguntas:

¤  O gráfico é fácil de ler?

¤  O gráfico pode ser mal interpretado?

¤  O gráfico tem o tamanho e a forma certa?

¤  O gráfico está localizado no sítio certo?

¤  O gráfico beneficia por ser a cores?

¤  A compreensão do gráfico foi testada com alguém?

A representação gráfica é um tema complexo onde se cruzam áreas tão diversas como a Estatística, o Desenho e a Psicologia.

Um gráfico pode representar corretamente as variáveis, conter todos os elementos necessários e não ser, nem atrativo, nem de fácil leitura.

Como já demonstramos, a demonstração do Desempenho de SST traz uma nova forma de se avaliar os padrões de Segurança e Saúde Ocupacional que acabavam estando restritas a algumas organizações, mas falhava para uma grande maioria.

Esta exigência vem por trazer inclusive além das responsabilidades de uma organização havendo um SESMT, mas também de outras organizações que por não possuírem um SESMT, terceirizam estes serviços, onde para ambas as condições agora esta análise apresentará uma realidade antes não mensurada e devidamente observada.


  “Todo bom desempenho começa com objetivos claros." 

Ken Blanchard

 

Kenneth Hartley Blanchard (1939-) é um consultor de negócios, palestrante e escritor americano.


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