QUEM QUER UM MODELO?

 


Temos o melhor modelo documento que você necessita! 


Atualmente os pedidos de modelos de documentos, treinamentos, DDS, Análises entre outros vem se tornando frequente, abrindo um alerta quanto a estes pedidos.

 

Qual está sendo a dificuldade na elaboração de documentações treinamentos entre outros pedidos?

 

A questão está em duas perguntas:

 

- O que o profissional irá fazer ao receber um modelo?

 

- Ao receber um modelo por exemplo de um treinamento, como será ministrado este treinamento sem que o profissional tenha elaborado o mesmo?

 

O que torna mais complicado é  a aplicação de um treinamento onde o profissional não soube elaborar e utilizará um slide de um tema que certamente não detém conhecimento .

 

Elaborar um documento pode em seu processo, ter a facilidade devido a experiência e vivência sobre o tema ou a geração de uma grande dificuldade para quem está na posição de criar e pôr em execução esse documento, que, conforme sua complexidade quanto às informações que devem estar contidas, verificadas e registradas, podendo induzir esse profissional a procurar pelo meio mais fácil, utilizando um modelo pronto.

 

O grande problema nesse modelo pronto é que, na maioria dos casos, por não saber elaborar este documento, o profissional também não saberá verificar se o modelo que recebeu atende plenamente ou não, incorrendo na má utilização e no comprometimento futuro para a empresa e até para ele próprio devido o conteúdo a própria apresentação.


Prontamente, um colega do grupo de discussão ou um colega mais próximo acaba enviando modelos na boa intenção de ajudar ou por sorte acaba “achando” um modelo disponível na internet pelo Google.

 

Ao receber tais modelos, o profissional vê seu problema resolvido, pois já se encontram ali as informações de que necessita. (acreditando certamente nisso)

 

A adequação do documento passa por uma transformação com o logo da empresa ou do profissional que passará a utilizá-lo.

 

Vejamos, então, o desdobramento nesse caso.

 

Ao receber os modelos, esse profissional acaba escolhendo aquele que mais chama a sua atenção, em vez de entender se os modelos enviados refletem a realidade da empresa, e de solicitar a ajuda dos profissionais dentro do grupo ou um colega mais próximo para orientá-lo.

 

Na errônea comparação de que aquele modelo pode ser aplicado para a empresa que ele trabalha ou vai prestar um serviço, acaba esquecendo que cada estabelecimento tem sua particularidade e seus riscos, que, conforme a atividade do posto haverá semelhanças, mas também diferentes condições, associações de outros agentes e processos de trabalho, a utilização de produtos químicos diferentes, nocivos, entre tantas outras diversidades.

 

Vemos, então, que o modelo é só o modelo e não a solução pronta.

 

As consequências são devastadoras, pois ao deixar de verificar se o modelo corresponde à realidade da empresa e atividade, pode acarretar em prejuízos futuros, culminando em processos trabalhistas, em indenizações e, certamente, nas responsabilizações civil e criminal do profissional que o utilizou, solidariamente com o representante legal da empresa.

 

A questão sobre documentação de Segurança e Medicina do Trabalho, e inserimos o texto “Dê a sua cara”,  fizemos na preocupação de ajudar esses profissionais a não cometerem tais erros como apresentamos anteriormente. Em seguida, vamos exemplificar como aproveitar a ajuda e transformá-la na sua ferramenta de trabalho.

 

Inicialmente, ao elaborar um documento, qualquer que seja a dificuldade sempre será um fator existente, visto que a complexidade das informações nos compele a pesquisar, estudar e transportar essa informação para o papel.

 

Em aulas que ministrei quando professor ou em cursos, procurava incentivar sempre os alunos a criarem seus documentos, dando a sua cara, mas como é isso?

 

Vamos partir inicialmente de um conceito que deve ser entendido na elaboração de um documento, considerando que ele possa ser um Check-List, uma APR - Análise Preliminar de Risco, uma IT - Instrução de Trabalho, uma Ficha de Controle de Fornecimento de EPI, uma Ficha de Inspeção de Área, um Relatório de Investigação de Acidente, um Controle de DDS - Diálogo Diário de Segurança, entre tantos outros documentos existentes ou necessários, e que devem então obedecer aos seguintes aspectos:


1.   O documento que você estará elaborando tem uma finalidade, isto é, o que você pretende evidenciar ou identificar?

2.   Identificado ou evidenciado, quais as informações importantes que devem estar inseridas nesse documento?

3.   Se for referente a algum equipamento, veículo ou máquinas existem informações mais detalhadas para que possam compor o documento?

4.   Existe algum empregado que conheça bem aquele equipamento, veículo ou máquina, o qual possa acrescentar informações importantes para o documento?

5.   Qual seria a melhor forma para elaborar o documento, conforme as informações que serão evidenciadas para as análises ou os relatórios que serão gerados? 

6.   O layout do documento é de fácil visualização e compreensão, não confundindo quem utiliza e quem gerencia o seu uso? 

7.   Existe uma rotina e uma orientação para a utilização do documento? 

8.   Por último, na implantação, verificar as deficiências e as necessidades de melhoria do documento, lembrando que não se cria um documento de forma definitiva.


Após termos conhecimento dessas etapas, podemos, então, elaborar o documento, aproveitando, se desejado, modelos existentes já em utilização, advindos de colegas, grupos de discussão, entre outros.

 

Uma vez de posse de pelo menos três modelos, avalie o conteúdo seguindo o roteiro apresentado anteriormente, anotando as deficiências, isto é, o que falta no documento para atender sua demanda.

 

De cada um dos três documentos, retire as melhores informações que você avaliou serem pertinentes com a necessidade do novo documento; acrescente as informações que faltam e formate o documento utilizando um layout que seja fácil de compreender e agradável de trabalhar.

 

Ao fazer esse processo de criação do layout, você estará “Dando a sua cara”, ou seja, criando um padrão a ser adotado para qualquer documento que estiver elaborando futuramente.

 

Para melhor demonstrarmos, utilizaremos como exemplo a elaboração de uma Ficha de Registro de Treinamento, cujas informações que deve conter o novo documento são:

a)  Nome do Treinamento

b)   Conteúdo Programático

c)  Data, Mês e Ano

d)   Horário Inicial e Final

e)  Carga Horária

f)   Condição do Treinamento (Introdutório, Reciclagem ou Reforço)

g)   Nome e Cargo ou Formação do Instrutor 

h)   Local do Treinamento

i)  Controle de Centro de Custo por Setor

j)  Nome, Cargo e Assinatura dos participantes



Mediante essas informações que foram identificadas como as necessárias para compor o documento que servirá de registro de Treinamentos para sua empresa, vejamos, então, o que temos em nossos exemplos:





Podemos verificar que todas as informações de que necessitamos estão dispostas nos três modelos.


Observa-se, também, que cada modelo possui uma forma de registro distinta conforme a sua necessidade, na aplicabilidade de cada empresa.

 

Além disso, não apresentam todas as informações de que necessitamos, mas também poderia haver um modelo que contivesse essas informações, e que mesmo assim não fosse o “seu” modelo.


No Modelo 1, temos:


a) Nome do Treinamento.

b) Local/Contrato.

c) Conteúdo Programático.

d) Horário Inicial e Final.

e) Data, Mês e Ano.

f) Nome do Participante.

g) Área.

h) Centro de Custo.

i) Entidade.

j) Nome do Instrutor.

k) Visto do Instrutor.


          No Modelo 2, temos:

a) Condição do Treinamento.

b) Tema.

c) Dia, Mês e Ano.

d) Horário.

e) Local.

f) Instrutor.

g) Assinatura.

h) Carga Horária.

i)  Nome, Função e Assinatura do participante.


E, por último, no Modelo 3, temos:


a) Nome do Treinamento.

b) Dia, Mês e Ano.

c) Carga Horária.

d) Horário Inicial e Final.

e) Nome do Instrutor e Função.

f) Entidade Responsável.

g) Histórico/Conteúdo Programático.

h) Condição do Treinamento.

i) Quem solicitou, Função e Setor.

j) Nome, Função, Setor e Assinatura do participante.

Para podermos montar nosso documento, façamos, então, a coleta dos campos que serão integrantes, observando e analisando conforme os critérios já apresentados e também conforme a tônica de facilidade e preenchimento, analisando o que cada modelo oferece de informação.

  MODELO 1:

a) Nome do Treinamento;

h) Centro de Custo. 

  MODELO 2:

a) Condição do Treinamento;

e) Local;

g) Assinatura;

i) Nome, função e Assinatura do Participante. 

  MODELO 3:

b) Dia, Mês e Ano;

c) Carga Horária;

d) Horário Inicial e Final;

e) Nome do Instrutor e Função.




O novo documento foi elaborado com as informações dos três modelos, recebendo uma nova “aparência” e uma redistribuição dos campos, a partir do qual, então, criamos o “nosso documento”, ou seja, “Demos a nossa cara”.

 

Por meio desse exemplo, outros documentos podem ser elaborados com a mesma facilidade.

 

Esse processo já difere para a elaboração de um PGR e PCMSO, entre outros Programas, Laudos e Documentos.

 

Nesses casos em específico, um modelo pode orientar na elaboração, mas você deve, antes de tudo, efetuar uma verificação com a Norma Regulamentadora e com a Legislação específica quanto ao seu atendimento, atentando para as atualizações que decorem ao longo do ano.

 

Podemos inclusive utilizar na elaboração de documentação referente ao Ministério do Trabalho a NR 28, que oferecerá um grande auxílio no cumprimento da legislação.

 

No processo de elaboração de Programas, Laudos, Relatórios, Apresentações, Manuais ou qualquer outro documento específico, procure sempre adotar o conceito de “Dar a sua cara”, criando, assim, uma padronização.



Não extingua sua inspiração e sua imaginação; não se torne o escravo do seu modelo.

 

Vincent van Gogh

 Vincent Willem van Gogh (1853 - 1890) foi um pintor pós-impressionista holandês, considerado um dos maiores pintores de todos os tempos, mas só teve seu trabalho reconhecido depois de sua morte.

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