PEDIDOS E OBRIGAÇÕES

Já não faz muito tempo que venho observando que algumas organizações vem em seus escopos de trabalho apresentarem um rol de pedidos de documentações para aqueles que prestarão serviços em suas dependências e obras.

 Alguns utilizam plataformas online, outros planilhas já estruturadas.

Por outro lado, também temos em diversos grupos no WhatsApp um grande número de pedidos de “modelos”.

Mas onde está o problema?

Vamos por partes, no primeiro caso os pedidos em muitas das vezes acabam sendo desconexos com as NR´s vigentes, ou seja, são cobradas documentações nem sempre aplicáveis aquela organização, por exemplo: Uma organização que apesar de não ser um MEI, ME ou EPP, o profissional é quem realiza todo o trabalho.

Mas onde estão os absurdos?

Uma planilha classifica a organização como risco Baixo. Em consequência desta classificação, considerando a estrutura da planilha, a primeira obrigação é a apresentação de Designado da CIPA, seguindo, apresentação do PGR, PCMSO e ASO vigente (opa o próprio dono é o que executa o trabalho), AET – Análise Ergonômica do Trabalho; isto porque o profissional apresentou questionamento sobre as documentações que cobravam PCA – Programa de Conservação Auditiva, PPR – Programa de Proteção Respiratória e LTCAT – Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho.

E ainda pode ser mais interessante quando o pretenso cliente te cobra SESMT, mas sua empresa é grau de risco 4 e possui menos de 50 empregados.

Cobranças de outros documentos que não são aplicáveis passa a ser um sofrimento para aquela organização que além de não entender (em alguns casos) ou se surpreender por ter conhecimento sobre o pedido.

Qual ou quais os critérios adotados? Quem criou estes requisitos? Com que base foram construídos?

Mudando o panorama, entramos no eterno clico de pedido de “modelos”.

Já propus a muito tempo atrás em um grupo de discussão que ao invés de pedirem um modelo, que apresentassem o documento criado por eles para que no grupo houvesse a participação de todos e a colaboração de uma análise e a ajuda para que o documento recebesse as adequações necessárias, assim o profissional se sentiria seguro até onde ele se encontra e o que iria aprendendo no processo de sua formação técnica seja como aluno ou já como profissional no mercado de trabalho.

Afirmo que nenhum profissional tem a capacidade de saber tudo, mas do que tem domínio possa ajudar a muitos outros, bem como também ser ajudado.

Afirmo mais ainda, que a humildade começa exatamente em sabermos nossas limitações e na proposta de ajudar aqueles que ainda não estão no nosso mesmo nível.

O grande problema está na condição de que, muitas das vezes que quem pede um modelo é porque não sabe elaborar aquilo que pediu.

O pior é que ao utilizar um modelo que recebeu, não sabe sobre seu conteúdo e mesmo assim acha que seu problema foi resolvido.

Por fim, ainda vejo muitos Técnicos em Segurança do Trabalho que deixam de fazer um curso sobre Laudo de Insalubridade / Periculosidade ou LTCAT por não poderem assinar, mas na verdade deveriam conhecer, pois ao recebem estes laudos não sabem informar se atendem ou não ao que deveriam (fica a dica aí).

 

“Não há nada mais trágico neste mundo do que saber o que é certo e não fazê-lo. 

Que tal mudarmos o mundo começando por nós mesmos?”

 

Martin Luther King Jr.

Foi um pastor batista e ativista político estadunidense que se tornou a figura mais proeminente e líder do movimento dos direitos civis nos Estados Unidos de 1955 até seu assassinato em 1968.

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