Diferença entre Ensinar e Educar

         Em nosso dia-a-dia de trabalho, seja atuando como profissional da área de Segurança ou em alguns casos como professor em turmas de formação de Técnico ou Engenheiro de Segurança, nos deparamos com situações bem inisitadas.


         Em uma obra que trabalhei, o serviço era dinâmico e ao mesmo tempo tínhamos problemas com uma rotatividade alta em contraponto a escassez de mão-de-obra.

         Esta obra "rodava" 24 hs devido ao prazo estipulado para entrega, o que demandava para nós da Segurança do Trabalho um olhar bem mais profundo nas consequências que poderiam ocorrer devido a atrasos.

         Entre as turmas de trabalho, tínhamos uma de sinalização, que era responsável pela carga e descarga de materiais na obra (havia caminhões Munck e uma Grua), nesta turma o Encarregado era um senhor de baixa estatura que possui um ótimo diálogo e habilidade em conduzir seus subordinados, sendo que quase ninguém o chamava pelo nome, mais sim pelo apelido de "pinguim".

         Foi assim até um dia em que, através da "rádio peão" descobri que o "pinguim" comercializava na escala noturna barris de cachaça (aqueles barris pequenos que são vendidos em supermercados).

         Para uma situação desta, dependendo do profissional que atua na Segurança do Trabalho, este funcionário já estaria demitido.

         Mas cada profissional tem sua metodologia de trabalho e forma de abordagem e tratativa para esta situação ou situações diferentes que ocorrem dentro de uma obra.

         Sabedor da situação, mas também tendo a consciência que o "pinguim" era um excelente funcionário, resolvi dar uma chance ao mesmo utilizando da seguinte estratégia.

         Como estávamos trabalhando dentro de uma outra empresa (Cliente) e haviam regras que não poderiam ser desrespeitadas (alcoolismo, drogas, etc), aproveitei um momento que pude conversar com o Sr. pinguim e comentei que a Segurança do Trabalho estaria no dia seguinte efetuando uma inspeção em todos os armários para conferir se tudo estava "OK".

         Ao receber a informação, o Sr. pinguim não demonstrou ficar apavorado(mas deu para perceber que isto o desestabilizou), onde prontamente me comunicou que tudo estaria em perfeitas condições.

         Dito e feito, no dia seguinte, como já havíamos solicitado ao Cliente que cedesse um vigilante para que acompanhasse a inspeção dos armários, a grande expectativa era o armário do pinguim.

          Finalmente chegamos no armário e então veio a surpresa, estava somente os pertences de  uso pessoal do pinguim. As cachaças haviam desaparecido da obra.

           Posteriormente, encontrei com pinguim e antes que eu pudesse falar, o mesmo já veio como sempre, pela sua característica, alegre e sorridente falando: E aí Dr., tudo bem ? Valeu hein !

           De imediato respondi a gentileza e perguntei: 

           - Ué valeu o que ?

           Nisso o pinguim rapidamente respondeu:  

           - Nada não, esqueçe !

           Nesse fato ocorrido, o pinguim tinha consciência que eu sabia de seu comércio e que poderia ser demitido, porém entendeu que recebeu uma outra oportunidade.

           Lidar com uma situação semelhante ou não será fato que Você pode um dia estar vivenciando, porém cabe antes de tudo uma análise da situação para saber até onde a aplicação de uma sanção ou a oferta de uma nova oportunidade deve ser aplicada.

           Para alguns pode ter sido um ato errôneo, para outros uma visão diferente em oferecer ajuda, qual é o certo ou errado vai depender da interpretação de cada um.

           Para que Você tenha uma outra visão, leia o texto abaixo e reflita.

DIFERENÇA ENTRE ENSINAR E EDUCAR


Numa escola pública estava ocorrendo uma situação inusitada: uma turma de meninas de 12 anos que usava batom todos os dias removia o excesso beijando o espelho do banheiro.

O diretor andava bastante aborrecido, porque o zelador tinha um trabalho enorme para limpar o espelho ao final do dia. Mas, como sempre, na tarde seguinte, lá estavam as mesmas marcas de batom.

Chegou a chamar a atenção delas por quase 2 meses, e nada mudou, todos os dias acontecia a mesma coisa….

Um dia o diretor juntou as meninas e o zelador no banheiro, e explicou pacientemente que era muito complicado limpar o espelho com todas aquelas marcas que elas faziam.

Depois de uma hora falando, e elas com cara de deboche, o diretor pediu ao zelador "para demonstrar a dificuldade do trabalho".

O zelador imediatamente pegou um pano, molhou no vaso sanitário e passou no espelho.

Nunca mais apareceram marcas no espelho!!!!


"Há Professores e há Educadores"


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