A Ergonomia e a Matriz de Risco, o que seria? (Parte 3 Final)
Nesta última parte, após termos abordado
vários pontos importantes a serem identificados, avaliados e analisados, além
das informações que serão exigidas no PGR e pela nova NR 17, vamos dar
continuidade de prover uma linha de raciocínio e estrutura técnica para a
construção de uma Matriz de Risco Ergonômico.
Os aspectos Biomecânicos, Organizacionais,
Cognitivos e Psicossociais como já descrevemos, exigirão uma análise mais
aprofundada de todo o processo produtivo, pois a Matriz de Riscos para os
Fatores Ergonômicos dependerá de toda esta informação técnica.
A introdução de formulários de Check List poderá auxiliar na identificação de alguns aspectos; a aplicação de metodologias como sugerido por alguns profissionais, mas não são suficientes para se definir uma análise mais abrangente que possa atendar as situações de trabalho que demandam adaptação às características psicofisiológicas dos trabalhadores.
A formatação da Matriz deve ter em sua base pontos que:
- Avaliem o Nível do Risco Existente considerando a sua Probabilidade e Consequência.
- O Nível do Risco
Residual considerando o resultado de análise do Risco existente e da análise
quanto à avaliação dos Fatores de Controle existentes.
- Análise das
condições ambientais relativas à variabilidade das características
antropométricas dos operadores.
- A concepção dos
postos de trabalho considerando os fatores organizacionais, ambientais.
- Análise do espaço
de trabalho durante um ciclo de uma tarefa.
- Análise da
experiência, formação, atenção, complexidade, indissociabilidade entre
conhecimento e ação.
- Análise das
ferramentas, métodos e técnicas, máquinas e equipamentos que estão sendo
utilizados.
- Análise da
Produção ininterrupta de significação psíquica, identificar a parte do corpo
afetada e suscetível a lesões.
- Identificação de
posturas que promovam durante a atividade movimentos repetitivos relacionados a
posturas extremas ou nocivas de membros superiores e inferiores.
- Outros fatores que
podem comprometer a saúde do trabalhador e que de acordo com a sua complexidade
estará sendo avaliado quanto a condição das variabilidades e que conduzirão a
elaboração de uma AET.
Complementa todo esse processo a experiência e a vivência do profissional de Ergonomia que poderá aplicar de forma mais coerente e técnica as análises necessárias para o direcionamento coerente quanto as condições de trabalho e os fatores psicofisiológicos dos quais a tudo é direcionado.
Por fim, cabe um alerta quanto aos “mirabolantes”
métodos dos quais prometem um padrão de análise que você, sem perceber fica
refém de 3 a 6 metodologias que irão “subjetivamente“ lhe trazer as respostas e
resultados, dos quais complementa-se ainda outros Check que no fim o
profissional sem uma base adequada de formação em Ergonomia (uma Pós Graduação
reconhecida) vai acabar em um ciclo limitado cujo os resultados ficarão muito
aquém do que realmente deveria ser.
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