CONTROLES CRÍTICOS – OLHANDO MAIS ALÉM DO RISCO

 



No PGR – NR 1 os riscos ocupacionais (Físico, Químico, Biológico, Mecânico/Acidente e Ergonômico) identificados devem possuir ações que eliminem ou reduzam estes riscos para níveis aceitáveis e seguros.

Quando pensamos em um Controle Crítico, estamos indo para uma forma de análise mais apurada em relação aos riscos ocupacionais identificados no PGR, as vulnerabilidades e ameaças significativas que podem acarretar problemas para a organização.

Mas como assim?

Dentre os riscos identificados quais possuem as seguintes características / categorias?

1.     Se existente, tem médio ou grande potencial para Embargo ou Interdição da organização.

2.     Se existente, tem médio ou grande potencial para paralisar atividades da organização.

3.     Se existente, tem médio dou grande potencial para ocorrência de acidentes fatais.

4.     Se existente, tem médio ou grande potencial para ocorrência de acidentes de grande gravidade envolvendo um número considerável, superior a 40% do efetivo da organização, que possa acionar o SAMU e/ou BOMBEIROS para atendimento e intervenção.

5.     Se existente, tem médio ou grande potencial para ocorrência de acidentes de gravidade mediana envolvendo um número considerável, inferior a 40% do efetivo da organização, mais com potencial ampliado para grande gravidade ou acidente fatal.

Dentro desta análise, é previsível impactar os trabalhadores, questões financeiras e a imagem da organização.

E como avaliar estas condições?

Cada Ponto de Controle Crítico deve ter no mínimo um limite crítico capaz de ser monitorado por uma métrica, observação, com base científica ou regulamentar (legislação).

Um Ponto Crítico de Controle é uma condição durante um processo de produção, atividade e condições locais quanto a equipamentos, máquinas, ambientes e pessoas em que uma falha ou erro humano pode causar acidentes, resultando em óbito, doenças aos trabalhadores e danos a organização quanto a imagem e prejuízos materiais.

Na estratégia do Ponto Crítico de Controle podemos dizer que é uma forma de análise identificando tópicos-chave: NATUREZA DO RISCO, CONDIÇÃO DO RISCO, POTENCIAL DO RISCO e LIMITES DE TOLERÂNCIA.

Como seria a análise destes riscos?

1.     Identificação de Redução dos Riscos Potenciais com base no mapeamento e ações já realizados no PGR, AEP/AET.

2.     Confiabilidade dos Controles Críticos com base no mapeamento já realizado quanto a Riscos eliminado ou mitigados e a identificação de novos Riscos Potenciais.

3.     Identificação de Agentes Nocivos acima do Limite de Tolerância para a NR 15 e ACGIH (PGR e LTI - Laudo Técnico de Insalubridade) bem como para atendimento ao LTCAT (Anexo IV, Decreto nº 3.048/1999).

4.     Confiabilidade da aplicação da hierarquia para eliminação, mitigação ou redução dos Agentes  Nocivos (NR 1, subitem 1.4.1, inciso IV, alínea "g").

5.     Quantidade de modo de Falha Segura aceitável, ou seja, condição onde um sistema, dispositivos, componentes ou outros elementos mecânicos / eletrônicos em caso de falha aciona um recurso seguro de modo a reduzir perdas e danos pessoais e materiais.

6.     Atividades que exigem alto nível de concentração passíveis de falha humana por formação técnica e profissional necessária, treinamento ou capacitação, sistemas, dispositivos, componentes ou outros elementos mecânicos / eletrônicos com relação a manutenções necessárias, serviços externos que possam comprometer atividades da organização.

7.     Condições ambientais adversas envolvendo chuvas, deslizamentos, enchentes e outros fatores passíveis de impacto na organização.

8.     Documentações atualizadas em relação as NR´s aplicáveis.

9.     Atividades envolvendo empresas terceirizadas dentro da organização.

10. Atividades externas ou de serviços prestados em clientes.

O que financeiramente estes riscos podem impactar?

A resposta para esta pergunta deve estar evidenciada através de Relatórios Técnicos os quais apontem der forma detalhada, além dos riscos, os impactos financeiros provenientes referente aos órgãos fiscalizadores envolvidos, perdas de produção e indenizações, bem como apontar as sugestões de adequações necessárias gerando a reanálise também do PGR e das ações nele contidas.

Os Controles Críticos vão além dos riscos que já apontamos, pois também envolve questões financeiras de melhorias necessárias com manutenção de serviços terceirizados e externos, custos com capacitações dos trabalhadores, materiais, novas tecnologias, máquinas e equipamentos se necessário e atendimento as legislações aplicáveis.

Que ferramentas, metodologias ou documentações posso utilizar para identificar e monitorar?

Quando pensamos em uma identificação e monitoramento, abre-se diversas dúvidas e questionamentos sobre:

¤  A forma para identificação e monitoramento.

¤  Parâmetros de mensuração dos riscos.

¤  Identificação e condições de aceitabilidade.

¤  Aplicar em todo o âmbito da organização.

¤  Se deve fazer parte ou não do PGR ou se deve ser elaborado em outro documento.

¤  Quais cargos estarão envolvidos?

¤  Qual cargo deve gerenciar?

Cada item deve ser analisado, avaliado e implementado dentro de seu contexto organizacional, observando requisitos de certificações, conforme a definição e a própria política interna da organização.

Uma distinção importante entre um controle e um Controle Crítico é que geralmente os Controle Críticos mencionarão evento materiais de grande potencial, da mesma forma podemos ter controles de sistema passivos e ativos.

Concentrar-se em eventos de segurança de alta consequência e baixa frequência, também conhecidos como Gestão de Riscos Críticos, a implementação pode parecer uma proposta assustadora, mas irá mudar a forma de tratativa dos riscos.

  Existem dois tipos de riscos: Aqueles que não podemos nos dar ao luxo de correr e aqueles que não podemos nos dar ao luxo de não correr.

                                                                                                                              Peter Drucker

Peter Ferdinand Drucker foi um escritor, professor e consultor administrativo de  de origem austríaca, considerado pai da administração ou gestão moderna, sendo o mais reconhecido dos pensadores do fenômeno dos efeitos da globalização na economia em geral e em particular nas organizações.

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