Indicadores Reativos e Proativos

Indicadores Reativos e Proativos quando bem estruturados, apresentam uma tendência indicando condições favoráveis e desfavoráveis que estão ocorrendo no âmbito da empresa e podem ajudar você a tomar decisões, indicando quais os processos devem ser melhorados e quais estão assertivos e devem ser mantidos e até aprimorados.

 “Não é possível gerenciar aquilo que não se controla, e não se pode controlar o que não podemos medir.”

Peter Drucker

 A utilização de Indicadores Reativos que são mensurados com dados de Saúde Ocupacional e de Acidente / Incidente de Trabalho e Acidentes Ambientais apresentam informações que não podem ser desconsideradas, porém deve-se manter a atenção também para os Indicadores Proativos, evitando-se assim que ações somente sejam realizadas quando os Indicadores Reativos alertarem, tornando o sistema de Gestão fragilizado.

 O estabelecimento de Indicadores para avaliação do comportamento do Sistema de Gestão de Segurança, Saúde Ocupacional e Meio Ambiente ao ser estruturado deve abranger informações para a elaboração do Mapa Estratégico como forma de medir o Desempenho Organizacional, podendo ser inserido neste contexto a estrutura de Responsabilidade Social, onde apresento um Roteiro que poderá auxiliar na construção destes Indicadores com maior efetividade e eficiência, abrangendo fatores multisetoriais.

 Composto de 4 Fases, a Primeira Fase seria a Avaliação, que compreende a preparação e a compreensão do Contexto e a atual situação da empresa em relação aos Fatores de Segurança, Saúde Ocupacional e Meio Ambiente. 

Bloco A - Contextualização

1. Avaliação e Revisão de Recursos Físicos, Humanos e de Informação.
2. Avaliação e Revisão Técnica, Jurídica, Financeira e de Terceirização.
3. Avaliação e Revisão de Processos produtivos e de logística.
4. Avaliação e Revisão das documentações Segurança do Trabalho, Saúde.
5. Ocupacional e Meio ambiente e Auto avaliação do Sistema atual.
6. Avaliação e Revisão das ações de Responsabilidade Social. 

 Bloco B - Preparação do Projeto de Gestão com Indicadores

6. Documentações utilizadas e sua confiabilidade.
7. Quais documentações serão mantidas e quais serão substituídas.
8. Como é a atual Mobilização de Recursos e que recursos serão necessários.
9. Quais os Indicadores existentes e quais serão necessários.
10. Discussão do Planejamento de adequações e elaboração de novas documentações para o Indicadores.

Bloco C - Configuração do Processo Participativo de Construção

11. Estratégia de constituição de equipe responsável multisetorial com profissionais que detenham conhecimento para a construção do Projeto de Gestão.
12. Criação de um planejamento do processo construtivo, responsáveis, mobilização de recursos e prazos.

Bloco D - Análise e Diagnóstico

13. Análise da estrutura atual e identificação de novos indicadores.
14. Análise e possível necessidade de revisão da Política de Segurança, Saúde Ocupacional e Meio Ambiente.
15. Pesquisa de Campo para formatação dos novos Indicadores.
16. Análise dos Dados, apresentação dos resultados e diagnósticos obtidos.
17. Estudo de viabilidade e aplicabilidade.
18. Diagnóstico final e elaboração dos Indicadores a serem aplicados.

A Segunda Fase seria o Desenvolvimento das Estratégias e Conjunto de Ações, Plano Conceitual e Estrutura do Plano.

Bloco E - Plano Estratégico e Conjunto de Ações

19. Cenários de Desenvolvimento Estratégico necessários.
20. Estratégias Espaciais contemplando toda a estrutura da empresa.
21. Plano de Monitoramento e Avaliação dos novos Indicadores.
22. Atualização do Sistema existente.

Bloco F - Plano Conceitual

23. Princípios para Desenvolvimento dos novos Indicadores.
24. Princípios para Desenvolvimento das novas documentações de coleta de dados.
25. Estruturação da manutenção das documentações atuais que forem mantidas.
26. Estruturação de efetivo e profissionais integrantes do Sistema.
27. Estruturação das informações necessárias de Segurança do Trabalho.
28. Estruturação das informações necessárias de Saúde Ocupacional.
29. Estruturação das informações necessárias de Meio Ambiente.
30. Estruturação das informações necessárias de Responsabilidade Social.
31. Estruturação de um Sistema de Gestão à Vista.
32. Quais os resultados que devem ser obtidos (Metas).
33. Forma de apresentação.
34. Estratégia de Implementação do novo Sistema (Temporização das Fases de Implementação).
35. Forma de análise e mensuração anual do Sistema.

Bloco G - Estrutura do Plano

36. Definição de local, estrutura física e recursos necessários.
37. Oficinas para treinamento nos padrões de desenvolvimento de novas ferramentas.
38. Rede de infraestrutura integrada por sistema de informática com fácil acesso.
39. Rede urbana integrante do Sistema (Responsabilidade Social).

A Terceira Fase seria a Operacionalização. Como fazer dar certo?

Bloco H - Plano de Ação

40. Planejamento das Ações a serem realizadas.
41. Plano de investimento de capital.
42. Estratégia de comunicação e promoção.

Bloco I - Engajamento  

43. Planejamento para Engajamento dos colaboradores da empresa.

A Quarta Fase seria a Implementação. Como implementar e monitorar os progressos?

Bloco J - Mecanismos de Implementação

44. Apresentação pública final.
45. Mecanismos de planejamento de Implementação.
46. Orçamento necessário.
47. Projeto e implementação da infraestrutura.

Bloco K - Sistema de Responsabilidade

48. Monitoramento e Avaliação do novo Sistema.
49. Feedback e mecanismos de aprendizagem para Melhoria Contínua.
50. Melhorias incrementais realizadas.
51. Apontamento de ganhos técnicos, organizacionais e financeiros.

Com toda a estrutura e definição do Indicadores de Desempenho a empresa estará planejando, avaliando e controlando o desempenho do seu Sistema de Gestão de Segurança do Trabalho, Saúde Ocupacional e Meio Ambiente, com a inserção da Responsabilidade Social, servindo para o estabelecimento de Melhoria Contínua, porém todo o processo também necessitará de ações inicias simples:

1. Dizer claramente o que deseja, não espere que o outro adivinhe...
2. Não considerar que pode pensar que está fazendo o melhor para o outro, mas o outro pode estar esperando outra coisa de você...
3. Entender e permitir os integrantes a falar, peça-os para falarem e quando não entender, não traduza sozinho. Peça que ele se explique melhor.

Um ambiente de trabalho seguro depende também dos colaboradores. Para que eles possam fazer sua parte, eles precisam receber o devido treinamento. A formação relevante dos colaboradores é fundamental para o estabelecimento e sucesso.

Certificar-se de que os colaboradores estejam cientes de serem importantes na cultura de segurança, elevando os níveis de engajamento. Procure quantificar os treinamentos sobre essa temática que você realiza por ano, por exemplo, e faça avaliações para saber se os colaboradores estão, de fato, absorvendo o conteúdo que está sendo passado.