A Utilização de Metodologias para Análise do Fator Cognitivo em Ergonomia
Com a publicação da nova NR 1 em
vigor e sua atualização que passará a vigorar em 2021, temos o subitem que traz
o tratamento
diferenciado ao Microempreendedor Individual – MEI, à Microempresa – ME e à
Empresa de Pequeno Porte – EPP.
Mas um subitem pode provocar uma
análise errônea por parte de alguns profissionais e Ergonomistas quanto a declararem as informações digitais
devida a não identificação de exposição ocupacional a riscos relacionados a
fatores ergonômicos, dispensando assim a empresa de elaboração do Programa de
Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO.
A utilização de Técnicas e
Metodologias que realizam a Análise Cognitiva seriam uma forma de comprovar a
ausência do Fator Ergonômico Cognitivo?
Temos disponíveis metodologias que
proporcionam uma análise geral (Observação, entrevista, protocolo verbal,
grades de repertório e grupos focais); a análise cognitiva de tarefas (HTA,
atribuição de funções, MDC, ACWA); análise de erros (SHERPA, TAFEI); análise de
carga de trabalho e análise de situação (NASA-TLX, carga de trabalho, MRTSM,
CPA, SAGAT), todas apresentam em suas peculiaridades vantagens e desvantagens,
onde dependendo da natureza da forma de análise, o profissional procura atender
os objetivos pretendidos, dos recursos que estão disponíveis e das habilidades
daquele que estiver as aplicando.
No ambiente de trabalho, os
trabalhadores acabam tendo uma aquisição de informações, alterações referentes
a ambiências físicas nos postos de trabalho, atividades em condições extremas,
trabalhos em horários atípicos, a condição do próprio envelhecimento biológico,
as cargas de trabalho e estresse, a exigência mais rigorosa nas competências
profissionais e seu desenvolvimento, conflitos de comunicação no ambiente de
trabalho, problemas sociais quanto a segurança do emprego, a indústria 4.0
dentre outros fatores externos que acabam por influir e pesar na reação
cognitiva do empregado quanto a se adaptar a estes fatores.
Em cada segmento de atividade de
uma empresa, os fatores estarão presentes e com impactos que não podem ser
avaliados e comparados com a de outra empresa, mesmo se for uma mesma
atividade.
O uso do termo carga é ambíguo:
pode se referir ao nível de exigência de uma tarefa em um dado momento, ou às
consequências dessa mesma tarefa.
A situação de trabalho envolve
tarefas prescritas, preenchimento de formulários, controles, documentações, a
organização e as relações com outros atores (colegas, superiores hierárquicos, clientes,
etc.), ou seja, tudo o que é supostamente envolvido antes, durante e algumas
vezes, depois da execução de uma atividade.
A abordagem de que somente a
utilização de ferramentas e metodologias ser suficiente para a comprovação de
ausência de fator de risco ergonômico, principalmente quanto ao fator
cognitivo, sem que haja uma análise mais aprofundada com um profissional de
Psicologia Organizacional, uma análise de todos os fatores que envolvem o
trabalhador, as condições que já abordamos neste Artigo e a real condição que
deveriam existir nos ambientes de trabalho, podem por si responderem por esta
possível ausência de exposição?
Qual o grupo de profissionais que
deveriam avaliar?
Quais seriam as ferramentas e metodologias
apropriadas?
O que fazer com os resultados?
Com que segurança se poderá
afirmar a “ausência de fator de risco ergonômico cognitivo”?
Estas respostas podem ser respondidas
por aqueles profissionais que irão agradar o seu Cliente ou seu empregador, por
aqueles que comercialmente na busca de ganhos, garantindo assim novos clientes.
Mas, quem realmente responderá
pelo “erro”?
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